domingo, 22 de abril de 2012

Liberdade

Lembrei de você esses dias. Lembrei mais do que a pontada de saudades que sempre habita o meu coração. Afinal, você é parte da minha história, certo? Eu posso não estar sempre pensando em você, mas você vai sempre estar lá, guardado na minha caixinha de memórias. Enfim, pensei em você esses dias, sonhei contigo de um jeito que eu não sonhava há muito tempo. E foi esse sonho que me trouxe tantas reflexões sobre tudo. Lembro que, por um pequeno deslize, voltei aos hábitos antigos e pensei em você antes de dormir. Sim, você, aquele que eu já disse tantas vezes ter esquecido. Quem diria que você surgiria mais uma vez, hein? Acontece que surgiu. Pensei e repensei em nossa longa e demorada história, e percebi que, apesar de não conviver mais contigo, apesar de não ouvir ou pronunciar o seu nome quase nunca, você vai ter sempre um lugar no meu coração. Porque esses anos todos de história não podem se apagar assim, do nada, podem? Eu não creio que possam. E então eu penso. Essa tal “história” da qual eu tanto falo. Ela existiu apenas para mim, certo? Até porque, nós nunca tivemos nada. Mas até mesmo você é obrigado a admitir que houve sim uma longa história entre nós. Não uma história de amor, ou pelo menos não uma história de amor recíproco, mas uma história, sim. Pensei em tudo o que eu já fiz que envolvia a sua pessoa, e em tudo o que já vivemos juntos. Bateu uma saudade da época em que você era meu maior problema, sabia? E então, eu caí no sono. Sonhei com um rosto qualquer, mas que eu sabia ser você. E, acredite ou não, foi esse sonho que finalmente te libertou de mim. Esse sonho me fez perceber que, por mais que eu vá sempre me importar com você, eu não tenho mais a necessidade de te ver que eu sempre tive. É isso, você está livre. E eu vou sempre torcer por você, mesmo que seja de longe. Não vou negar que sempre baterá uma pontada de ciúmes em mim toda vez que eu souber que você está com alguém, mas isso é inevitável, porque você foi o meu primeiro amor. E o primeiro amor a gente nunca esquece, né?